Sim, é verdade, a União Europeia invocando a "Unidade na Diversidade” e para celebrar as 24 línguas oficiais divulga, através das bibliotecas municipais, exposições itinerantes multilingues.
É por isso que neste momento, na biblioteca municipal, temos a irreverente Pipi das Meias Altas.
Quem não conhece esta personagem?
Os mais novos, talvez não, mas os pais sim, devem
conhecer.
Ora aqui está ela:
Sobre a sua história:
A Pipi das Meias
Altas tinha 9 anos e vivia sozinha numa casa com jardim que se chamava Villa
Villekulla. Como não tinha mãe, nem pai em casa podia ficar acordada até tarde
porque ninguém a obrigava a ir para a cama, nem a tomar óleo de fígado de
bacalhau, quando o que ela queria era comer caramelos. Claro que, no passado, a
Pipi das Meias Altas tivera um pai e uma mãe. A mãe morreu e o pai, um capitão
do mar, desapareceu num dia de tempestade. Mas a filha acreditava que o pai
pirata iria voltar. Até lá tinha a companhia de um macaquinho que andava sempre
no seu ombro, o senhor Nilsson, e de um cavalo, além dos dois amigos, Tommy e
Annika.
Esta menina de cabelos ruivos, duas tranças espetadas e uma meia de cada cor, era uma rapariga independente que sabia usar pistolas, fazer panquecas, tinha o seu fundo de maneio e era forte. Nasceu na cabeça da escritora sueca mais popular de literatura infantil, Astrid Lindgren, e encorajou gerações de raparigas a divertirem-se e a acreditarem em si próprias.
Astrid Lindgrencréditos: Astrid Lindgren Company - https://www.astridlindgren.com/ |
Ao que se sabe foi a filha Karin que lhe serviu de inspiração para Pipi das Meias Altas. Karin ficou doente com pneumonia e a mãe contava-lhe histórias. Uma noite, em 1941, Karin pediu uma história sobre a Pipi. Como a personagem tinha um nome estranho, a história também devia ser amalucada e Lindgren inventou uma rapariga que desafiava as convenções. Naquela época a escritora estava interessada nas discussões sobre a psicologia e a educação das crianças. Isso levou-a a criar uma forma diferente de contar as histórias: tinha em conta o ponto de vista da criança. Karin, a filha de Astrid, gostou tanto que pedia à mãe que lhe contasse cada vez mais histórias da Pipi e ela passou a ser a heroína do que se contavam à noite lá em casa. Até que um dia Astrid escorregou no gelo, magoou-se na anca e teve que ficar na cama. A filha fazia dez anos e ela teve a ideia de passar ao papel as histórias da Pipi. Fez um livro, caseiro, para oferecer à filha. Fonte: LIVRO - A Europa nas estórias
Astrid Lindgren morreu em 2002, aos 94 anos, e nesse ano o governo sueco criou um prémio em memória da autora, de cerca de 500 mil euros, para escritores, ilustradores, mediadores e promotores de leitura.
Será que isto é possível?
Uma criança de 9 anos viver sozinha? Não ir à escola? Não ter
regras para organizar as suas rotinas? Agarrar um cavalo ao colo? Os bandidos
terem medo dela?
Bom, o melhor, pais e filhos, é verem este filme e conversarem…
Este é um filme que dá boas conversas.
Filme:
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