A
fim de sensibilizar para a importância simbólica da evocação da conquista de
Ceuta, as Bibliotecas Escolares em articulação com o Grupo Disciplinar de
História concretizaram sessões de promoção da leitura com todas as turmas do 8º
ano, partindo de excertos da Crónica da
Tomada de Ceuta de Gomes Eanes de Zurara e terminando com a audição e análise
do poema/canção de Carlos Tê/Rui Veloso “Cabo Sim Cabo Não”, do álbum Auto da Pimenta, encomendado em 1991
pela Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Alunos
e alunas dialogaram sobre as ideias contidas
nos textos e a sua ligação à temática da evocação da conquista de Ceuta, que
extravasa o acontecimento histórico em si, dado ser o ato fundacional da grande
epopeia que catapultou Portugal para a História Mundial, os Descobrimentos,
cuja dádiva ao mundo consistiu em algo imaterial, mas excecional, o conhecimento de outros povos e de outras
culturas e a possibilidade do encontro de culturas, promotores da tolerância
(relembramos que o medo do desconhecido é, na maioria das vezes, a fonte da
intolerância), mais do que todas as conquistas territoriais e comerciais. Será,
assim, esta a razão por que devemos evocar a conquista de Ceuta 600 anos
depois: sendo o ato fundacional das Descobertas e sendo estas as promotoras da
dádiva de Portugal ao mundo, vale a pena relembrar este acontecimento.
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